Letras Perdidas

 2020, hum... Nem tudo foram rosas, mas também nem tudo foi mau. Em 2020 tenho mais a agradecer do que a lamentar!! Comecei o ano ao lado dos meus e pude livrar-me de um problema de saúde. Houve dinheiro, houve alimento, houve saúde. Pode até ter havido carência de afetos e ausências mas gosto de pensar que foi tudo por um bem maior.  Neste final de ano quero clamar a gratidão pois sinto que ela me faz uma pessoa melhor.  Não quero ir pelo queixume do costume pois isso só atrairá energia pesada para 2021. Quero agradecer, de todas as maneiras possíveis e imaginárias a 2020 por tudo aquilo que me mostrou. Aprendi ainda mais sobre resiliência e conheci ainda melhor a fénix que há em mim. Sobre aquelas pessoas que pensei serem insubstituíveis: Descobri que insubstituíveis não são mas também entendi que não são bens essenciais e que posso viver muito bem sem elas!! Ganhei amigos infalíveis, recuperei amigos perdidos pelas escolhas da vida, mantive excelentes pessoas a meu lado e perdi outr

 A noite mais bonita chegou e com ela vem um sentimento de nostalgia. Vem um aperto no coração, porque este ano há distância. Vem uma dor no peito porque faltarão lugares na mesa. Este ano está a ser complicado para mim a vários níveis e o facto de pensar que no ano passado estava com a minha família dói ainda mais. O que eu queria mesmo era estar abraçada aos meus mas não será possível. O que será possível será estar perto de amigos que me fazem sentir grata pelas 1001 bênçãos que fui recebendo. Acho que por vezes somos ingratos e injustos e sinto que este ano estou a ser um bocadinho dos dois. A vontade de estar perto da minha família está a sobrepor-se à gratidão pela saúde, pelo amor e pelos meus. Assim não pode ser. Por isso tudo: GRATIDÃO!! Gratidão por todo o amor que me rodeia e por toda a saúde. Gratidão pela cirurgia que fiz em janeiro ter corrido bem.  Gratidão pela saúde que reinou o ano todo. Gratidão por a minha família estar bem e de perfeita saúde. Gratidão por não ter

 Faz pois vão criticar-te à mesma. Eu sei, eu sei, por vezes temos aquela pequena “crise existencial” e achamos que temos que ter a aprovação alheia, mas as coisas não são assim. Somos nós que temos que escolher o nosso caminho e decidir que decisões devemos tomar. Ninguém, repito, ninguém tem que escolher o que devemos fazer, muito menos opinar. Por isso tenho a dizer: faz porque te vão criticar à mesma. As pessoas não estão preparadas para as mudanças que ocorrem na vida alheia e parece que a única solução é criticar até porque lhes falta a coragem de mudar. Sinceramente, não liguem ao que de mal vos disserem.  Peço só que antes de fazerem pensem para vocês: vai prejudicar-me? Vai prejudicar o outro? Que benefícios me vai trazer? Serei feliz ao fazê-lo? Sorrirei depois disso? Bem, quando tiverem as respostas a essas perguntas, pura e simplesmente façam o que tiverem a fazer. Sigam a vossa intuição e corram em busca do que vos faz feliz  Beijinhos grandes da vossa querida Sueline 

 Gosto de pessoas bonitas, e não, não estou a falar de beleza exterior pois essa podemos encontrar ao virar de cada esquina.  Gosto de pessoas bonitas daquelas que têm uma beleza interior infinita que faz a nossa alma viajar.  Gosto de pessoas bonitas, daquelas que têm uma fala reconfortante. Gosto de pessoas bonitas, daquelas que têm um abraço no olhar e que a sua voz pede para ficar.  Gosto de pessoas bonitas, daquelas que nos amam desde a qualidade mais bonita ao defeito mais irritante.  Gosto de pessoas bonitas, daquelas que nos tocam na alma com a suavidade das suas mãos ternurentas. Gosto de pessoas bonitas, daquelas que nos ouvem e nos dão raspanetes.  Como podem ver, gosto de pessoas que são mais interior do que exterior. Beijinhos grandes da vossa querida Sueline 

Posso pedir-vos um favor? Bem, presumo que a resposta seja sim. Então aqui vai: Rodeiem-se de pessoas bonitas, e não, não estou a falar da beleza exterior pois essa é relativa. Estou sim a falar da beleza interior. Rodeiem-se de pessoas que vos façam rir e que vos roubem sorrisos. Rodeiem-se de quem está para o bem e para o mal. De quem está para o que der e vier. De quem está lá quando é preciso e quando não é preciso também. Rodeiem-se de pessoas que gostem verdadeiramente de vocês e que mesmo da maneira mais bruta o demonstrem. Afastem-se de quem só vos crítica, manda a baixo e vos manda bitaites. Afastem-se de quem vos leva para a sombra e não para a luz. Aproximem-se de quem vos mostra que vocês são uma luz que merece brilhar. Estejam perto de quem vos enaltece e vos deixa serem vocês mesmos. Nunca deixem que os outros vos façam duvidar de vocês mesmos. Beijinhos queridos da vossa querida Sueline 

Nunca pensei estar confinada ao lar devido a um vírus. Nunca pensei estar tanto tempo longe dos meus amigos. Nunca pensei não poder ir arranjar as unhas ou ir à depilação, mesmo que isto pareça fútil, porque o corona vírus mora algures por aí. Nunca pensei num monte de coisas que estão por aí a acontecer. Tenho sentido que a frase “nunca digas nunca”, tem-se aplicado aos momentos que vivemos atualmente. Se há uns anos, ou meses me perguntassem se algum dia ficaria tantos dias seguidos em casa, eu diria com toda a certeza: nunca, só se tivesse mesmo que ser. E então não é que é? Confesso que tem sido muito difícil para mim, não ter direito à minha liberdade, que tanto prezo e aprecio mas sei que tem mesmo que ser. Tem-me custado horrores, logo a mim que sou tão defensora dos direitos humanos. Tenho reparado que existem situações na vida, que nos podem mudar tudo, e principalmente as coisas que temos como garantidas. Para mim, que sou ocidental, tinha a Declaração Universal dos Dir

Ficar em casa pode custar muito, principalmente quando é contra a nossa vontade. Sair somente para idas ao supermercado e à farmácia, faz-me ficar um pouco revoltada. Mas tudo na vida tem um porquê e sinto que este momento é um abanão de Deus e do Universo para revermos o que temos andado a fazer. Confesso que não sou a maior fã de andar de transportes públicos, talvez por andar neles quase sempre em hora de ponta mas desde que estou em quarentena, e nunca pensei dizer isto, tenho imensas saudades. Era andar, com os meus phones nos ouvidos aos altos berros e toca a andar. Mesmo com aquele cheiro nojento e fedorento, eu seguia bem e feliz. Tenho saudades de me sentar no escritório a trabalhar e de conviver com pessoas que não aquelas que vejo em casa todos os dias. Tenho saudades de estar com os meus amigos, numa esplanada qualquer ou num restaurante com uma comida que nos faça bem. Eu que nem sou de abraços ou beijinhos tenho saudades disso tudo. Tenho saudades das relações humanas na

Quando estás numa cama de hospital mudas a tua visão do mundo. Quando estás numa cama de hospital vês as coisas de forma diferente. Quando estás numa cama de hospital vês o quão vulnerável és. Quando estás numa cama de hospital traças novas metas e objetivos. Quando estás numa cama de hospital só pensas em ir em busca dos teus sonhos. Quando estás numa cama de hospital tens a certeza que o agora é para ser vivido. Quando estás numa cama de hospital aprendes sobre o amor e a compaixão, e sobre a preocupação e dar a mão. Quando estás numa cama de hospital descobres quem é e quem são, quem está e quantos estão. Quando estás numa cama de hospital entendes quem estende a mão e está disposto a dar também o braço, e quem te estende somente a ponta dos dedos. Quando estás numa cama de hospital vês quem está e sempre estará e vês também quem finge estar. Quando estás numa cama de hospital notas com quem podes contar e encurtas a tua lista de amigos. Quando estás numa cama de hospita

Um novo ano começou e com ele nasceu uma nova década que promete ser boa. Pelo menos eu prefiro acreditar que será. Este ano não fiz a tradicional lista de metas e objetivos. Não sei porquê mas apetece-me ser surpreendida pela vida e pelo tempo. Claro que tenho em mente uma ideia ou outra que pretendo que seja feita este ano sem falta, mas não há pressa nem metas exatas. Que o ano seja como tiver que ser! Pela primeira vez, quero que as coisas me fujam um bocadinho do controlo e que no final tudo fique bem. Chamem-me louca mas apetece-me isso. Estou com vontade de arriscar, provar o desconhecido e no final somente agradecer. Estou cansada de planear e tudo dar para o torto então este ano quero viver o momento e ser surpreendida pela ironia da vida. Curioso ou não, e um pouco fora de contexto, comecei o ano longe da minha rede social favorita: o Instagram. Apenas abri para ler o horóscopo (chamem-me viciada) e desliguei. Não vi como as pessoas que sigo entraram em 2020 e fiquei con